sexta-feira, 28 de maio de 2010

Anos 30

Moda


Em geral, os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Diferentemente dos anos 20, que havia destruído as formas femininas, os 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias.

As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer. Os vestidos eram justos e rectos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero, também bastante usado na época. Em tempos de crise, materiais mais baratos passaram a ser usados em vestidos de noite, como o algodão e a casimira.

O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite marcaram os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de atenção. Alguns pesquisadores acreditam que foi a evolução dos trajes de banho a grande inspiração para tais roupas decotadas.

A moda dos anos 30 descobriu o desporto, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados procuravam lugares à beira-mar para passar períodos de férias. Seguindo as exigências das actividades desportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como alguns modelos de vestidos de noite.

Em 1935, um dos principais criadores de sapatos, o italiano Salvatore Ferragamo, lançou sua marca, que viria se transformar em um dos impérios do luxo italiano. Com a crise na Europa, Ferragamo começou a usar materiais mais baratos, como o cânhamo, a palha e os primeiros materiais sintéticos
Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível. As formas eram marcadas, porém naturais.

Nessa época, o termo prêt-à-porter ainda não era usado, mas os passos para o seu surgimento eram dados pela boutique, palavra então muito utilizada que significava "já pronto". Nas boutiques surgiram os primeiros produtos em série assinados pelas grandes maisons.

No final dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que estourou na Europa em 1939, as roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.

Muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da França para outros países. A guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma época.


Música

A música popular dos anos 30 reflecte a situação socio-cultural em que a sociedade se encontrava na altura. Pode até ser usada para perceber como era a vida numa época marcada pela Depressão, o crescimento da população nas cidades, enquanto a população se afastava das áreas rurais para as áreas urbanas, e a evolução da tecnologia, começando agora a aparecer as primeiras televisões na América, com gravações de vídeos musicais.

Pelo desenrolar dos anos 30 o gosto pela música mudou drasticamente. Na “mainstream” deixou de ser um “doce e meigo som” de Guy Lombardo e as bandas de dança de Jazz para um som mais rítmico, mais agressivo com arranjos da secção de sopros pelos “bandleaders” da era do Swing tais como Benny Goodman, Tommy Dorsey e muitos outros.

A Broadway, que tinha disparado em todos os aspectos em 1920, estava agora a cair, ficando de lado durante a Depressão, e muitos dos grandes artistas encontravam agora grandes problemas, ao tentar arranjar trabalho. Agora com a possibilidade de criar filmes musicais, com som sincronizado à imagem, nada disso parecia aparecer, com a bolsa a cair.

O público esperava música nos filmes. Durante muito tempo o piano ou um instrumental tinha acompanhado os filmes sem som. O primeiro filme com som “Al Johnson's The Jazz Singer”, de 1927, teve alguns números musicais. Mas mesmo assim os grandes estúdios não se aperceberam do potencial contido em tudo isto, até o lançamento do espectacular de "all talking all singing all dancing", The Broadway Melody em 1929, da MGM. Com o lançamento de 1933, 42nd Street da Warner Brothers, os cineastas começaram finalmente a aperceber-se do potencial da música em filmes. 42nd Street stood apart, as it was the first musical movie to feature a lavish spectacle of coordinated dancing girls, dressed in a an array of elaborate costumes, filmed from multiple angles overhead. The extravagance enchanted the public. Its visionary producer, Busby Berkeley, went on to create the Gold Diggers series, catering to the American obsession with money during the Depression.

Hollywood respondeu à ansiedade económica que estava presente na vida de todos durante a Depressão ao produzir filmes que mantinham o optimismo. Como a indústria fonográfica, que reconheceu o valor de artistas como Bing Crosby e Guy Lombardo, produtores de filme tambem de aperceberam que o povo americano queria esquecer os problemas.

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