sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Evolução de um Século

Escola secundária EB. 2,3 D. Filipa de Lencastre
Disciplina de Área de Projecto
9ºC
2009/2010










A Evolução de um Século











André Pires, nº 3

Catarina Granjo nº6

Introdução

O último século foi de facto um grande passo na história mundial. Em todos os campos (arte, ciência, política, economia), houve um desenvolvimento como nunca antes. Num século ultrapassaram-se expectativas, houve guerras, muitas mudanças e por isso mesmo é sempre bom fazer um trabalho que mostre as maravilhas contemporâneas.
Vãos falar sobre a evolução desde os anos 20 aos 90.

Anos 20

Moda

Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas - mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz.

Livre dos espartilhos, usados até o final do século XIX, a mulher começava a ter mais liberdade e já se permitia mostrar as pernas, o colo e usar maquilhagem. A boca era carmim, pintada para parecer um arco de cupido ou um coração; os olhos eram bem marcados, as sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilhagem.

A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado.

A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos.
Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres - um verdadeiro escândalo aos mais conservadores.

A década de 20 foi da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.

Outro nome importante foi Jean Patou, estilista francês que se destacou na linha "sportswear", criando coleções inteiras para a estrela do tênis Suzanne Lenglen, que as usava dentro e fora das quadras. Suas roupas de banho também revolucionaram a moda praia.
Patou também criava roupas para atrizes famosas.

Os anos 20, em estilo art-déco, começou trazendo a arte construtivista - preocupada com a funcionalidade, além de lançamentos literários inovadores, como "Ulisses", de James Joyce. É o momento também de Scott Fitzgerald, o grande sucesso literário da época, com o seu "Contos da Era do Jazz".


Música

Nos anos 20, ocorreu uma revolução na música, enquanto a rádio ganhava popularidade por todo o mundo, e novas tecnologias permitiam gravar, reproduzir, e distribuir música. Uma vez que a música ão estava limitada a concertos, foi possível a numerosos artistas serem ouvidos por todo o mundo, da mesma maneira que o público era exposto a uma maior diversidade de música. Começava então o experimentalismo com novos estilos musicais nos anos 20, desafiando as regras da música tocada até então.
Novos e melhores meios de transporte permitiram a músicos viajar até outros sítios para realizar concertos, tal como permitiu a fãns viajar para os ouvir.

Na música clássica, foi continuado o trabalho feito no século XIV, embora o modernismo fosse impulsionado por compositores como Alexander Skryabin e Claude Debussy. Outros, como Ravel, Milhaud, and Gershwin combinaram o jazz e o clássico, numa espécie de meio termo.

Embora o rock n’ roll tenha imergido nos anos 50 como um estilo musical, vários elementos deste podiam ser ouvidos na música dos anos 20, em alguns blues. Foi de estilos como o blues, o jazz e o boogie woogie que nasceu o rock n’ roll.
O Jazz ganhou popularidade por todo o mundo, nos anos 20. Nada assim antes tinha acontecido. Novas danças apareceram com o Jazz e o Ragtime. Pelo meio da década de 1920, já o Jazz era tocado em salões de bailes e clubes por todo o mundo. Foi na música usada por bandas de marcha e andas de dança que o Jazz começou a ganhar fama., que era a maior forma de música popular do século XX.
Entretanto, a rádio e o fonógrafo — Os americanos compraram mais de 100 milhões no ano de 1927 – traziam o Jazz a locais tão remotos que nem as bandas lá conseguiam chegar. E a música em si estava a começar a mudar – uma música exuberante começava a pôr mais e mais ênfase nas inovações de indivíduos extremamente talentosos. Improvisação de solos, lutando para serem ouvidos e encontrarem a sua própria voz e contar as suas próprias histórias, estavam prestes a ter lugar no centro do palco.
Nos primeiros anos, o Jazz foi considerado a música do Diabo por diversos segmentos do público. Um debate foi gerado entre as diferentes partes. Em 1927, o crítico Ernest Newman publicou numa revista um artigo que viria a desacreditar o Jazz, e a resposta não demorou a chegar, por parte do “jazz-king” Paul Whiteman, que acreditava que o Jazz era uma força musical genuína.

Clubes de dança, “dance halls”, e salas de chá abriram por todo o mundo, onde danças inspiradas por estilos africanos apareceram, com nomes como shimmy, turkey trot, buzzard lope, chicken scratch, monkey glide e bunny hug. A música de dança da altura não era jazz, mas havia já estilos que iam tomando forma, na área experimental do blues-ragtime, que mais tarde evoluiriam para o jazz.

O ano de 1920 foi o apogeu da Broadway, com mais de 50 musicais estreando numa só temporada. Um número recorde de pessoas pagou até $ 3,50 para assistir a um musical. Foi também uma década de uma evolução artística incrível no teatro musical.

Anos 30

Moda


Em geral, os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Diferentemente dos anos 20, que havia destruído as formas femininas, os 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias.

As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer. Os vestidos eram justos e rectos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero, também bastante usado na época. Em tempos de crise, materiais mais baratos passaram a ser usados em vestidos de noite, como o algodão e a casimira.

O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite marcaram os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de atenção. Alguns pesquisadores acreditam que foi a evolução dos trajes de banho a grande inspiração para tais roupas decotadas.

A moda dos anos 30 descobriu o desporto, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados procuravam lugares à beira-mar para passar períodos de férias. Seguindo as exigências das actividades desportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como alguns modelos de vestidos de noite.

Em 1935, um dos principais criadores de sapatos, o italiano Salvatore Ferragamo, lançou sua marca, que viria se transformar em um dos impérios do luxo italiano. Com a crise na Europa, Ferragamo começou a usar materiais mais baratos, como o cânhamo, a palha e os primeiros materiais sintéticos
Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível. As formas eram marcadas, porém naturais.

Nessa época, o termo prêt-à-porter ainda não era usado, mas os passos para o seu surgimento eram dados pela boutique, palavra então muito utilizada que significava "já pronto". Nas boutiques surgiram os primeiros produtos em série assinados pelas grandes maisons.

No final dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que estourou na Europa em 1939, as roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.

Muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da França para outros países. A guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma época.


Música

A música popular dos anos 30 reflecte a situação socio-cultural em que a sociedade se encontrava na altura. Pode até ser usada para perceber como era a vida numa época marcada pela Depressão, o crescimento da população nas cidades, enquanto a população se afastava das áreas rurais para as áreas urbanas, e a evolução da tecnologia, começando agora a aparecer as primeiras televisões na América, com gravações de vídeos musicais.

Pelo desenrolar dos anos 30 o gosto pela música mudou drasticamente. Na “mainstream” deixou de ser um “doce e meigo som” de Guy Lombardo e as bandas de dança de Jazz para um som mais rítmico, mais agressivo com arranjos da secção de sopros pelos “bandleaders” da era do Swing tais como Benny Goodman, Tommy Dorsey e muitos outros.

A Broadway, que tinha disparado em todos os aspectos em 1920, estava agora a cair, ficando de lado durante a Depressão, e muitos dos grandes artistas encontravam agora grandes problemas, ao tentar arranjar trabalho. Agora com a possibilidade de criar filmes musicais, com som sincronizado à imagem, nada disso parecia aparecer, com a bolsa a cair.

O público esperava música nos filmes. Durante muito tempo o piano ou um instrumental tinha acompanhado os filmes sem som. O primeiro filme com som “Al Johnson's The Jazz Singer”, de 1927, teve alguns números musicais. Mas mesmo assim os grandes estúdios não se aperceberam do potencial contido em tudo isto, até o lançamento do espectacular de "all talking all singing all dancing", The Broadway Melody em 1929, da MGM. Com o lançamento de 1933, 42nd Street da Warner Brothers, os cineastas começaram finalmente a aperceber-se do potencial da música em filmes. 42nd Street stood apart, as it was the first musical movie to feature a lavish spectacle of coordinated dancing girls, dressed in a an array of elaborate costumes, filmed from multiple angles overhead. The extravagance enchanted the public. Its visionary producer, Busby Berkeley, went on to create the Gold Diggers series, catering to the American obsession with money during the Depression.

Hollywood respondeu à ansiedade económica que estava presente na vida de todos durante a Depressão ao produzir filmes que mantinham o optimismo. Como a indústria fonográfica, que reconheceu o valor de artistas como Bing Crosby e Guy Lombardo, produtores de filme tambem de aperceberam que o povo americano queria esquecer os problemas.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Anos 40

Moda

A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o final dos conflitos. A mulher francesa era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e sérios. A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas roupas e utilizar materiais alternativos na época, como a viscose, o raiom e as fibras sintéticas. Mesmo depois da guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora média que queria estar na moda, mas não tinha recursos para isso.O corte era recto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito usado na época. As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares.O nylon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época.Durante a guerra, o chamado "ready-to-wear" (pronto para usar), que é a forma de produzir roupas de qualidade em grande escala, realmente se desenvolveu. Através dos catálogos de venda por correspondência com os últimos modelos, os pedidos podiam ser feitos de qualquer lugar e entregues em 24 horas pelos fabricantes.Sem dúvida, o isolamento de Paris fez com que os americanos se sentissem mais livres para inventar sua própria moda. Nesse contexto, foram criados os conjuntos, cujas peças podiam ser combinadas entre si, permitindo que as mulheres pudessem misturar as peças e criar novos modelos. A partir daí, um grupo de mulheres lançou os fundamentos do "sportswear' americano. Com isso, o "ready-to-wear", depois chamado de "prêt-à-porter" pelos franceses, que até então havia sido uma espécie de estepe para tempos difíceis, se transformou numa forma prática, moderna e elegante de se vestir. Com a libertação de Paris, em 1944, a alegria invadiu as ruas, assim como os ritmos do jazz e as meias de náilon americanas, trazidas pelos soldados, que levaram de volta para suas mulheres o perfume Chanel nº 5.Em 1945, foi criada uma exposição de moda, com a intenção de angariar fundos e confirmar a força e o talento da costura parisiense. Como não havia material suficiente para a produção de modelos luxuosos, a solução foi vestir pequenas bonecas, moldadas com fio de ferro e cabeças de gesso, com trajes criados por todos os grandes nomes da alta-costura francesa.

Música

A música nos anos 40 foi practicamente toda à volta do Jazz e das “Big Bands”, muito populares na altura. Artistas como Rosemary Clooney, Count Basie, e Artie Shaw ajudaram a definir a cena musical com a sua maneira única de entreter o público. Era também a era da 2ª Guerra Mundial, e muitos músicos eram influenciados por tal na sua música/letras, ainda tendo uma atitude positiva em relação ao futuro. Os anos 40 foram tempo para muitos artistas se revelarem, deicando a sua marca na história, muitos deles sendo reconhecidos pelas inovações na altura.
Um desses inovadores foi Dizzy Gillespie. Um trompetista de Jazz proeminente “bandleaders” da altura. Ajudou a criar o BeBop, um estilo musical com um tempo rápido e scat. Scat era uma forma de cantar, substituindo letras por sílabas aleatórias, e também a música Afro-Cubana, que disfrutou de popularidade nos seguintes anos.

Cab Calloway foi outro cantor de scat, que atingiu sucesso nos 40. Tanto sucesso, que era chamado de “Hi De Ho guy”. Calloway é também associado a Betty Boop, depois de uma das suas mais conhecidas músicas “Minnie the Moocher” ter sido usada num episódio. Crosby ajudou a definir a música dos anos 40, influenciando músicos até hoje, passando por Frank Sinatra, Perry Como, e Dean Martin. Trabalhou também no entretenimento, actuando muitas vezes para a tropa, tentando levantar a moral durante a guerra.
Crosby implementou no público a ideia de que um músico era artista genuíno, e não algo que fosse simplesmente novo. Ele abriu portas a futuros artistas que originais com letras com significado.Os Dorsey Brothers são também grandes nomes das big band da década de 40. Jimmy Dorsey, um músico com talento, tocando o clarinete e o saxofone, cuja orquestra foi um dos primeiros actos musicais a vender milhões de albúns com as suas performances. Tommy Dorsey foi um trombonista de jazz que também liderou a sua própria. Contou com mais de 130 hits na BillBoard e como Calloway, teve os melhores músicos da época na orquestra. Foi ele quem começou a carreira de Sinatra na indústria musical. Depois da 2ª Guerra Mundial, o gosto musical mudou, levando a orquestra a acabar, juntado-se depois ao seu irmão, formando a “Dorsey Brothers Orchestra. Pouco depois, ambos morreram, mas a sua música continua a impressionar, sendo dos actos mais memoráveis da década.
O estilo musical positivo criou ambiente para a criação do Rock n’ Roll, na década que estava para vir.

Amos 50

Moda
Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com seios fartos.Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, que eram uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade.As pioneiras das atuais top models surgiram através das lentes dos fotógrafos de moda, entre eles, Richard Avedon, Irving Penn e Willian Klein, que fotografavam para as maisons e para as revistas de moda, como a Elle e a Vogue.Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu. Nomes importantes da criação de moda, como o espanhol Cristobal Balenciaga - considerado o grande mestre da alta-costura -, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci e o próprio Christian Dior, transformaram essa época na mais glamourosa e sofisticada de todas.A partir de 1950, uma forma de difusão da alta-costura parisiense tornou-se possível com a criação de um grupo chamado "Costureiros Associados", do qual faziam parte famosas maisons, como a de Jacques Fath, Jeanne Paquin, Robert Piguet e Jean Dessès. Esse grupo havia se unido a sete profissionais da moda de confecção para editar, cada um, sete modelos a cada estação, para que fossem distribuídos para algumas lojas selecionadas. Assim, em 1955, a grife "Jean Dessès-Diffusion" começou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e da África do Norte.O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier. Ele criou o salto-agulha, em 1954 e, em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado, entre muitos outros. Vivier trabalhou com Dior e criou vários modelos para os desfiles dos grandes estilistas da época.Em 1954, Chanel reabriu sua maison em Paris, que esteve fechada durante a guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças que se tornariam inconfundíveis, como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa a tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.Ao lado do sucesso da alta-costura parisiense, os Estados Unidos estavam avançando na direção do ready-to-wear e da confecção. A indústria norte-americana desse setor estava cada vez mais forte, com as técnicas de produção em massa cada vez mais bem desenvolvidas e especializadas.Na Inglaterra, empresas como Jaeger, Susan Small e Dereta produziam roupas prêt-à-porter sofisticadas. Na Itália, Emilio Pucci produzia peças separadas em cores fortes e estampadas que faziam sucesso tanto na Europa como nos EUA.Na França, Jacques Fath foi um dos primeiros a se voltar ao prêt-à-porter, ainda em 1948, mas era inevitável que os outros estilistas começassem a acompanhar essa nova tendência a medida que a alta-costura começava a perder terreno, já no final dos anos 50.
Nessa época, pela primeira vez, as pessoas comuns puderam ter acesso às criações da moda sintonizada com as tendências do momento.

Música

A música dos anos 50 foi o resultado dos progressos da década anterior.

“The 50’s” viram o nascer e a ascensão do rock & roll, mas também a popularidade do Country e da música Ocidental em várias formas. Músicos como Little Richard, Jerry Lee Lewis, e Hank Williams ajudaram a redefinir a insdústria do entretenimento com tipos de música que criaram durante este período de tempo. Depois do dano causado pela Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, e não só, preparavam-se para uma reviravolta musical, que mudaria toda a música que aí viria.

Carl Perkins foi um dos pioneiros na criação do rock. O seu estilo é frequentemente referido de “rockabilly”, uma vez que soa a uma combinação de country e R&B (rythm & blues), com influências de rock. Este movimento começou em Memphis no início da década de 50. Carl Perkins escreveu e gravou “Blue Suede Shoes” em 1955, tendo grande sucesso. Depois de ter um acidente de carro quase fatal, Elvis Presley fez uma cover da mesma música, com ainda mais sucesso. O rei do Rock n’ Roll: Elvis Presley. Ele é o epítome da revolução musical dos fiftys. O seu estilo rockabilly seguiu os passos de Carl Perkins, mas teve grande sucesso com todas as formas de música que tocou, incluíndo country, gospel, e R&B. Começou uma relação com Sam Phillips, um proprietário de um estúdio que comercializar a “música de preto” e torná-la “de branco” e comercializá-la para um público “branco”. Depois de ouvir as gravações, sentiu que Elvis seria perfeito. Muitos cr´ticos lhe disseram que não seria famoso, depois de uma actuação no Grand Ole Opry. Depois de atingir sucesso, virou-se para os filmes, onde teve também muito sucesso. Johnny Cash e Hank Williams definiram o estilo Country e Western durante esta década. O som de Cash era mais country, influenciado pelo rockabilly, centrando-se geralmente num tema, como a vida, as mágoas e relações. Num estilo musical parecido, Hank Williams era um cantor e escritor proeminente da altura. As suas músicas mais populares, incluíndo “Hey Good Lookin’” e “Your Cheatin’ Heart,” defiiram o estilo country dos anos 50. Também ajudou a criar o “Outlaw Country” – um estilo que incluía músicas sobre espiritualidade e desordem. 1950s foi um tempo de mudança, depois da Segunda Guerra Mundial. Disputas raciais eram travadas com o início do movimento dos Direitos Civis. Muitos dizem que Presley ajudou a trazer as duas raças mais perto uma da outra popularizando “música negra”. Outros dizem que apenas piorou as coisas ao roubar a música para o seu próprio benifício, largando no esquecimento os artistas originais. De qualquer maneira, tudo isto influenciou a música que viria.

Anos 60

Moda

Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade "On the Road" [título do livro do beatnik Jack Keurouac, de 1957] da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e influenciaria novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década.Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens, que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.Na moda, a grande vedete dos anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia. A inglesa Mary Quant divide com o francês André Courrèges sua criação. Entretanto, nas palavras da própria Mary Quant: "A idéia da minissaia não é minha, nem de Courrèges. Foi a rua que a inventou". Não há dúvidas de que passou a existir, a partir de meados da década, uma grande influência da moda das ruas nos trabalhos dos estilistas. Mesmo as idéias inovadoras de Yves Saint Laurent com a criação de japonas e sahariennes [estilo safári], foram atualizações das tendências que já eram usadas nas ruas de Londres ou Paris.O sucesso de Quant abriu caminho para outros jovens estilistas, como Ossie Clark, Jean Muir e Zandra Rhodes. Na América, Bill Blass, Anne Klein e Oscar de la Renta, entre outros, tinham seu próprio estilo, variando do psicodélico [que se inspirava em elementos da art nouveau, do oriente, do Egito antigo ou até mesmo nas viagens que as drogas proporcionavam] ou geométrico e o romântico.A alta-costura cada vez mais perdia terreno e, entre 1966 e 1967, o número de maisons inscritas na Câmara Sindical dos costureiros parisienses caiu de 39 para 17. Consciente dessa realidade, Saint Laurent saiu na frente e inaugurou uma nova estrutura com as butiques de prêt-à-porter de luxo, que se multiplicariam pelo mundo também através das franquias.Com isso, a confecção ganhava cada vez mais terreno e necessitava de criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passaria a ser o estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.Entretanto, os anos 60 sempre serão lembrados pelo estilo da modelo e actriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador.
Música

A música dos anos 60 é característica da revolução da altura. Era tempo de rebelião e contra-cultura, em que os mais jovens questionavam tudo, incluindo autoridade, corporações, o governo e outros aspectos do quotidiano. Era uma revolução do status quo. Isto deu possibilidade á eminência dos Direitos Civis e de outros movimentos que afectaram os direitos da sociedade. A invasão britãnica foi uma época dos anos 60 em que várias bandas britânicas fizeram furor nos Estados Unidos, e claro, em todo o mundo. The Rolling Stones, The Who, The Animals, e The Beatles foram algumas das bandas que pertcenceram ao movimento. The Beatles emergeram como a mais popular e foram também das bandas com mais sucesso comercial da história. Os Beatles rapidamente fizeram um impacto cultural com as suas letras e tendência a experimentar diferente sons musicais. Embora dissessem que eram apenas uma mania, ainda são consantemente nomeados a banda nº1 na lista The 100 Greatest Artists of All-Time da revista Rolling Stone. Bob Dylan foi outro artista que influenciou artistas durante os anos 60. O seu sucesso continua, como poeta, músico, escritor e activista. Ele foi o port-voz do movimento contra-cultura de 1960. Ele escreveu e cantou canções anti-guerra e outras que celebravam os Direitos Civis! Ele não hesitou em incluir letras que incluíam as suas perspectivas políticas e sociais. Foi um dos artistas a actuar na Marcha em Washington, on Martin Luther King, Jr. Deu o seu discurso imortalizado. É um dos mais respeitados músicos, com uma sonoridade única.
Woodstock. Este evento teve lugar em Agosto de 1969, uma culminação simbólica de uma década de mudança social. Numa quinta em Bethel, New York, mais de meio milhão de pessoas apareceram para apreciar músicos como Janis Joplin, The Grateful Dead, Creedence Clearwater Revival, The Who, e Jimi Hendrix, além de muitos outros. Também chamado de “Summer of Peace and Love” pois muitos do público eram hippies ou pessoas que promoviam a ideia de libertação sexual e amor pelo próximo. Mesmo com tantas pessoas na mesma àrea, apenas 3 pessoas morreram, todas vítimas de acidentes.Os movimentos e políticas dos anos 60 continuam a ter impacto na sociedade de hoje. Os artistas dos anos 60 influenciaram a história da música até hoje, músicos que tomaram uma posição, uma posição contra aquilo que estava estabelecido.